" Criei um aparelho para unir a humanidade, não para destruí-la. " - Santos Dumont

" Um prisioneiro de guerra é um homem que tentou matá-lo, não conseguiu e agora implora para que você não o mate. " - Winston Churchill
" Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus - Albert Einstein
" O objetivo da guerra não é morrer pelo seu país, mas fazer o inimigo morrer pelo dele - George S. Patton. "
" Só os mortos conhecem o fim da guerra " - Platão
"Em tempos de paz, os filhos sepultam os pais; em tempo de guerra, os pais sepultam os filhos." - Herodes

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lockheed P-3 Orion

Tipo: Patrulha maritima, Guerra anti submarino e Guerra eletrônica
Fabricante: Lockheed Martin
Primeiro voo: novembro de 1959
Inicio da produção: outubro de 1960
Inicio do serviço: 15 abril de 1961
Fim da produção: Abril de 1990
Produção total: cerca de 754
Preço unitário: US$ 36 milhões
Tripulação: de 7 a 10
Comprimento: 35.61 m
Altura: 10.29 m
Envergadura: 30.37 m
Area das asas: 120.77 m²
Motores: 4 turbopropulsores Allison T56-A-14 com 4.910 cv cada
Peso vazio: 27.890 kg
Peso carregado: 61.235 kg
Peso máximo de decolagem: 64.410 kg
Velocidade máxima: 761 km/h
Velocidade de cruzeiro: 607 km/h
Velocidade de patrulha: 381 km/h
Razão de subida: 594 m/min
Altitude de serviço: 8.625 m
Alcance: 8.944 km ou 16 horas
Armamentos: possui 10 pontos sob as asas e um porta bombas interno sob a fuselagem com capacidade para 8.733 kg de armas entre elas bombas Mk 46 ou Mk 50, torpedos, arma nuclear B57, cargas de profundidade, o missel AGM-84 Harpoon ou pods de foguetes sob as asas.

   O Lockheed P-3 Orion é uma aeronave de quatro motores turbo hélice,  é utilizado em missões anti-submarino e vigilância marítima para a Marinha Americana desenvolvido e introduzido na década de 60. É baseado no avião comercial Lockheed Electra L-188. A aeronave é facilmente reconhecida pela cauda onde existe uma grande antena usada para a detecção magnética de submarinos. Ao longo dos anos, o P-3 tem visto os vários avanços no design da aeronave, mais notadamente nos pacotes eletrônicos. O P-3 Orion ainda está em uso em  várias marinhas e forças aéreas do mundo, principalmente para a patrulha marítima, reconhecimento, anti-superfície e guerra anti-submarino. Um total de 734 P-3s foram construídas. A Marinha Americana substituirá seus P-3C restantes pelo novo Boeing P-8 Poseidon.
   Em agosto de 1957, a Marinha Americana apresentou uma proposta de substituição dos P2V Neptune com motores a pistão, está aeronave devia ser capaz de realizar patrulha marítima e guerra anti-submarino. Foi modificando uma aeronave existente esperando assim diminuir custos e permitir a rápida introdução na frota. Foi sugerido uma versão militar do Lockheed L-188 Electra. Em abril de 1958 a Lockheed venceu a competição e obteve um contrato inicial. 
   O primeiro protótipo Orion foi um Lockheed Electra convertido, o protótipo YP3V-1/YP-3A, usou a estrutura do Electra, o primeiro voo do protótipo, originalmente designado YP3V-1, foi em 19 de agosto de 1958. Embora baseado no L-188 Electra Lockheed, a estrutura da aeronave era diferente. A aeronave tinha 7 metros a menos de fuselagem, um compartimento de bombas, bem como, um nariz mais pontudo, cauda tipo "ferrão", pontos sob as asas e outras melhorias internas, externas e técnicas de produção da fuselagem . O Orion tem quatro motores turbo hélices Allison T56 que lhe conferem uma velocidade máxima de 761 km / h comparável aos dos aviões mais rápido a hélice, ou até mesmo os aviões a jato do tipo A-10 Thunderbolt II e Viking S-3. Existem aeronaves similares que incluem o Ilyushin Il-38 soviético e o Breguet Atlantic francês, enquanto o Reino Unido, adaptou o de Havilland Comet e o Hawker Siddeley Nimrod.

   A primeira versão de produção, designada P3V-1, foi lançado em 15 de abril de 1961, as entregas começaram em agosto de 1962. Em 18 de Setembro de 1962, a aeronave foi renomeada P-3 Orion. Os esquemas de pintura foram alterados em 1960 eram azul e branco, passou a branco e em meados de 1990 ficou cinza, procurando diminuir sua visibilidade e detecção por radares. 

   Em 1963, a Marinha Americana pediu um projeto de construção e testes de um computador digital, para fazer a interface com os muitos sensores do P-3 Orion, com isso em 1965 foi aprovado o Projeto A-Nova, que permitiu a produção do modelo P-3C. 
   Em 2008 foi inaugurado a nova linha de produção da Lockheed Martin como parte do seu Programa de Extensão Serviço de Vida para entrega em 2010. O programa consiste na completa substituição das asas da aeronave, seção inferior das asas e dos estabilizadores horizontais. 
   Na década de 1990, a Marinha fez uma tentativa de identificar o sucessor do avião P-3, o P-7 foi selecionado uma variante navalizada do Boeing 757, mas este programa foi cancelado. Anos mais tarde, a Lockheed Martin o novo P-3, mas perdeu para o P-8 Poseidon da Boeing. O P-3 deverá entrar em serviço em 2013, o P-8 é um Boeing 737, ainda que com as asas do Boeing 757, o P-8 é uma evolução de desenhos do Boeing 707 e o Boeing 737.
   O P-3 tem um compartimento de bombas interno sob a fuselagem frontal, que pode abrigar bombas convencionais do tipo Mark, torpedos e uma bomba nuclear. Sob as asas existem estações adicionais, ou pilões, podendo carregar vários tipos de armamentos, incluindo o AGM-84 Harpoon, AGM-84E SLAM, AGM-84H / K SLAM-ER, o Maverick AGM-65, foguetes de 127 mm, foguetes Zuni, minas marítimas, mísseis e bombas de gravidade.
O P-3 está equipado com um detector de anomalias magnéticas na cauda. Este instrumento é capaz de detectar a anomalia magnética gerada por um submarino no campo magnético da Terra. O alcance limitado deste instrumento requer uma sobrecarga da aeronave que precisa voar muito em baixa altitude próximo ao submarino, para a identificação e localização, antes de lançar torpedos ou um ataque com bombas de profundidade. Devido à natureza extremamente sensível dos detectores, eletro-magnéticos qualquer ruído pode interferir no seu funcionamento, Por esta razão, o detector é feito de fibra de vidro e instalado na cauda do avião, longe dos equipamentos eletrônicos e da estrutura metálica da aeronave.
  Durante a Guerra Fria, a principal missão do P-3 foi rastrear mísseis balísticos e submarinos soviéticos. O P-3 mostrou muita confiabilidade e resistência em missões com duração de mais de 12 horas de voo, a apenas 61 m sobre a água salgada, mantendo um excelente histórico de segurança. Versões foram desenvolvidas para a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica que investiga e caça furacões, para o Serviço de Alfândega Americano para interdição de drogas e missão de vigilância aérea com um radome adaptado a partir do Grumman E-2 Hawkeye ou um radar AN/APG-66 adaptado F-16 Fighting Falcon e para a NASA para pesquisa e desenvolvimento.

   A Marinha dos Estados Unidos continua sendo o maior operador de P-3, atualmente 12 esquadrões estão na ativa. Durante a Crise dos Mísseis Cubanos em outubro de 1962, aviões P-3A voou em patrulhas nas proximidades de Cuba, o P-3 foi usado no Vietnã no início de 1964, principalmente em missões de patrulha costeira para deter o fornecimento de materiais para os Viet Congs, em abril de 1968, um P-3B da Marinha foi abatido pela artilharia anti aérea no Golfo da Tailândia com a perda de toda a tripulação, em fevereiro de 1968, outro P-3B tambem foi abatido com a perda de toda a tripulação. Já no Iraque o P-3 foi utilizado nas Operações Escudo do Deserto, Tempestade do Deserto e Operação Iraque Livre. Em 2 de agosto de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait. após 48 horas da invasão inicial, a Marinha Americana enviou aeronaves P-3C, poucas horas depois do início da campanha aérea da coalizão, aviões P-3 detectaram um grande número de barcos de patrulha e navios militares iraquianos tentando passar de Basra e Umm Qasr para águas iranianas, onde foram atacados e 11 navios foram danificados. Durante a Operação Escudo do Deserto, um P-3 detectou atraves de infravermelho caças iraquianos com falsas pinturas da Força Aérea Egípcia afim de evitar a detecção. Em 7 de janeiro de 1991 no início da Operação Tempestade do Deserto, um P-3C equipados com um APS-137 conduzia a vigilância costeira ao longo do Iraque e Kuwait para fornecer dados de reconhecimento das instalações militares inimigas. Um total de 55 dos 108 navios iraquianos foram destruídos durante o conflito, detectados pelos aviões P-3C. 

A missão do Orion P-3 foi ampliado no final dos anos 1990 e início de 2000 para incluir a vigilância do campo de batalha tanto no mar como por terra. O longo alcance e o tempo longo de permanência no local do P-3 Orion têm-se revelado um trunfo inestimável, durante a Operação Liberdade do Iraque e Operação Liberdade Duradoura. Ele pode fornecer instantaneamente informações sobre o campo de batalha,  podendo acompanhar às tropas terrestres, particularmente os fuzileiros navais.

   Na Guerra do Afeganistão de 2001 até hoje aeronaves P-3 de patrulha marítima estão armados com sensores de superfície, dando apoio sustentado aos combates aéreos sobre a terra. Desde o início da Guerra do Afeganistão, a Marinha Americana mantem aeronaves P-3 em Kandahar. A Real Força Aérea Australiana tambem opera aeronaves P-3, desde o início da guerra. Em fevereiro de 2010, os P-3  australianos bateram o recorde de uma aeronave operar continuamente na mesma área por sete anos. ]

Recentemente, uma empresa americana utilizam os P-3 para o levantamento de aréas de lítio, cobre e outros depósitos minerais no sul e leste do Afeganistão. No Paquistão em 22 de Maio de 2011, duas das quatro aeronaves P-3C paquistaneses foram destruídos por um ataque terrorista, na Base Aérea Naval do Paquistão. Em Junho de 2011, Os Estados Unidos concordaram em substituir o aviões destruídos com dois novos. 

   A Marinha Americana monitorou o sequestro do navio Maersk Alabama em 2009 por piratas da Somália. A Espanha mandou seus P-3 para ajudar o esforço internacional contra a pirataria na Somália. Em 29 de outubro de 2008, aeronaves P-3 espanhola patrulhando a costa da Somália reagiu a um pedido de socorro de um petroleiro no Golfo de Aden. A fim de deter os piratas, a aeronave sobrevoou os piratas três vezes enquanto tentavam subir a bordo do navio, lançando bombas de fumaça. Após o terceiro passo, os barcos piratas fugiram. Mais tarde, em 29 de março de 2009, o P-3 em outro ataque, a Marinha Alemã foi chamada e capturou os piratas. Em abril de 2011, a Força Aérea Portuguesa contribuiu para a Operação Escudo do Oceano, enviando seus P-3C, logo no incio em sua quinta missão os portugueses detectaram um baleeiro pirata com dois botes de ataque. 
   Já na Líbia em 2011, na Guerra Civil da Líbia, vários P-3C Orions americanos e dois canadenses CP-140 Aurora, uma variante das missões de vigilância marítima participaram em águas da Líbia no âmbito da execução da zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

A Marinha Americana utilizou o P-3C Orion durante a Operação Alvorada, em 28 de março de 2011 um navio líbio da guarda costeira atacou navios mercantes no porto de Misrata, na Líbia. O P-3 Orion disparou um missel Maverick AGM-65 sobre o navio líbio ficando posteriormente encalhado.

   Na aréa civil o P-3 são utilizados pelos correios, pesquisa de furacões, plataforma de pesquisa em ciências da Terra, pela NASA, combates a incêndios florestais, nenhuma outra aeronave esteve envolvida em tantos eventos catastróficos.

Na América Latina, o P-3 poderia ser usado para a detecção de submarinos na Colômbia já que em 02 de julho de 2009 foram encontrados dois submarinos fazendo o contrabando de drogas. 
   No Brasil a Força Aérea Brasileira recebeu 12 P-3AM (atualizados) em 2008, sendo utilizados na guerra anti submarino.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Arma termobárica

A arma termobárica, é mais conhecida como uma "bomba de ar e combustível", é uma arma explosiva que produz uma onda de choque, com uma duração significativamente mais longa do que as produzidos por explosivos condensado. Isso é útil em aplicações militares, onde a sua maior duração aumenta o número de vítimas e causa mais danos às estruturas. Há muitas variantes diferentes de armas termobáricas que podem ser montados à mão, como lançadores tipo RPGs e armas antitanque.
   Os explosivos termobáricos cortam o oxigênio do ar circundante, enquanto a maioria dos explosivos convencionais consistem de uma pré-mistura de combustível oxidante (por exemplo, a pólvora contém combustível de 25% e 75% oxidante). Assim, com base no peso-para-peso são significativamente mais energético do que os explosivos condensado. Sua dependência de oxigênio atmosférico torna-os impróprios para utilização debaixo de água, em altitudes elevadas ou em condições atmosféricas adversas. No entanto, eles tem vantagens significativas quando implantado dentro de ambientes confinados, tais como túneis, cavernas e bunkers.
   O termo termobáricas é derivado das palavras gregas para "calor" e "pressão": thermobarikos. Outros termos utilizados para esta família de armas são armas termobáricas de alto impulso, armas de calor e pressão, bombas de vácuo, ar-combustível ou explosivos.
   Em contraste com explosivos condensado onde a oxidação em uma região confinada produz uma frente de rajada, essencialmente, a arma termobárica cria um ponto de origem, que cria uma grande explosão que acelera um grande volume produzindo frentes de pressão tanto dentro da mistura de combustível e oxidante e, em seguida, no ar circundante. 
   Os explosivos termobáricos criam após as explosões uma nuvem de vapor, que incluem dispersões de poeiras inflamáveis ​​e gotículas. Em épocas anteriores eram mais frequentemente encontrados em fábricas de farinha e em seus recipientes de armazenamento, e mais tarde em minas de carvão , mas agora mais comumente em navios petroleiros e refinarias descarregada, sendo a mais recente em Buncefield, no Reino Unido, onde a onda de choque acordou pessoas que moravam a cerce de 150 km a partir do centro da explosão.
   O sistema da arma termobárica consiste de um recipiente cheio de uma substância combustível, no centro da qual existe um pequeno explosivo convencional chamado de "carga de dispersão". Os combustíveis são escolhidos com base em sua oxidação, que variam de metais em pó, tais como alumínio ou magnésio, ou materiais orgânicos, possivelmente com um oxidante auto-contido parcial. O desenvolvimento mais recente envolve o uso de nanocombustiveis.
   O rendimento efetivo de uma bomba termobárica requer a combinação mais apropriada de uma série de fatores, entre eles o quão bem o combustível é disperso, a rapidez com que se mistura com a atmosfera envolvente do início da ignição e sua posição em relação ao recipiente de combustível. Em alguns casos, o combustivel e o ignitor são separados para dispersar e inflamar o combustível. Em outros projetos existem casos que permitem que o combustível seja contido por tempo suficiente para que o combustível aqueça bem acima de sua temperatura de auto-ignição, de modo que, mesmo a sua refrigeração durante a expansão do recipiente, resulta em ignição rápida uma vez que a mistura está dentro dos limites de inflamabilidade convencionais. 
   Em confinamento, uma série de ondas de choque reflexiva são geradas, mantendo a bola de fogo que pode estender a sua duração entre 10 e 50 segundos. Além disso existe o resfriamento dos gases e a pressão cai drasticamente, levando a um vácuo parcial, poderoso o suficiente para causar danos físicos a pessoas e estruturas. Este efeito tem dado origem a "bomba de vácuo".
   A sobrepressão dentro da detonação pode chegar a 430 psi e a temperatura pode ser de 2.500° a 3.000° celsius. Fora da nuvem a onda de choque viaja a mais a 3,2 km / s.
   Em um estudo feito em 01 de fevereiro de 2000 pela Agência de Inteligência de Defesa dos EUA diz que: A explosão contra alvos vivos é único e desagradável .... O que mata é a onda de pressão, e mais importante, a rarefação subsequente "vácuo", que rompe os pulmões .... Se o combustível deflagrar, mas não detonar, as vítimas serão severamente queimadas e provavelmente também inalem o combustível em chamas. Uma vez que os combustíveis mais comuns utilizados, são o óxido de etileno e óxido de propileno, que são altamente tóxicos, uma vez detonados deve ser tão letal para o as pessoas dentro da nuvem como a maioria dos agentes químicos.
   De acordo com um estudo separado da Agência Central de Inteligência dos EUA "o efeito de uma explosão dentro de espaços confinados da arma termobárica é imensa. Aqueles perto do ponto de ignição são simplesmente desaparecem. Aqueles na orla são propensos a sofrer muitos ferimentos internos, e, portanto, invisível, incluindo o estouro do tímpano e órgãos do ouvido interno, concussões grave, pulmões e orgãos internos, e, possivelmente, a cegueira". De acordo ainda com o documento especula-se que "choque e ondas de pressão causam o mínimo de dano ao tecido cerebral ... é possível muitas das vítimas de tal arma ainda que inconcientes pela explosão, possam sofrer por alguns segundos ou minutos, enquanto eles sufocam."
   Uma nova plataforma portátil de lançamento de uma arma termobárica foi desenvolvida pelos russos a RPO-A um lança foguete, que foi amplamente desenvolvido, a RPO-A, ficou conhecida por ter sido usado na Chechênia.
   As forças armadas russas desenvolveram variantes de munição termobáricas para várias de suas armas, como a granada TGB-7V termobáricas com um raio de letalidade de 10 metros, que pode ser iniciado a partir de um RPG-7. A GM-94 de 43 mm um lançador de granadas que é projetado principalmente para disparar granadas termobáricas para o combate próximo. Com a granada pesando 250 gramas sendo 160 gramas de mistura explosiva, o seu raio de letalidade é de 3 metros. A RPO-A é uma RPG projetado para disparar foguetes termobáricos. O RPO-M, por exemplo, tem um ogiva termobárica com semelhante capacidade destrutivas como um projétil de artilharia de 152 mm de alto poder explosivo de fragmentação. A RPG-27 e RPG-26, respectivamente tem a variante mais potente, com sua ogiva que pode atingir uma area de 10 metros de letalidade e produzindo os mesmos efeitos de cerca de 6 kg de TNT.  O RMG é um mais derivados do RPG-26 que usa uma ogiva em tandem-carga, em que a ogiva principal produz uma abertura para a carga principal termobárica entrar e detonar no interior.
   Existem muitas outras munições de origem russa com variantes termobáricas, o foguete S-8 de 80 mm tem as varienate termobáricas S-8DM e S-8DF. O S-8 de 122 mm, possui o foguete e o S-13D e S-13DF variantes termobáricas. Ogiva do S-13DF pesa apenas 32 kg, mas seu poder é equivalente a 40 kg de TNT. A variante KAB-500-OD da KAB-500KR tem uma ogiva termobárica de 250 kg . As bombas ODAB-500PM e ODAB-500PMV tem uma ogiva de 190 kg. A KAB-1500S GLONASS  guiada por GPS possui uma ogiva de 1.500 kg, está bomba terá uma bola de fogo com um raio de 150 metros e sua zona de letalidade é de um raio de 500 metros.
   Em setembro de 2007 a Rússia com sucesso explodiu a maior arma termobáricas já feito. Seu resultado teria sido maior do que a menor arma nuclear produzida. A Rússia nomeou este material bélico em particular com o "Pai de Todas as Bombas" em resposta aos Estados Unidos que desenvolveram a MOAB, cuja sigla é a" Mãe de Todas as Bombas ", e que anteriormente detinha o prêmio da mais poderosa arma não-nuclear da história. A bomba contém uma ogiva de 6.400 kg carregando um combustível líquido como o óxido de etileno, misturado com uma nanopartículas energéticas, tais como alumínio, em torno de uma carga de dispersão alto explosiva. 
   O uso militar da bomba termobárica foi adimitido pela então União Soviética na guerra do Afeganistão no início dos anos 1980. Relatos não confirmados sugerem que forças militares russas utilizaram armas termobáricas na Batalha de Grozny ( na primeira e segunda guerras da Chechênia) para atacar combatentes chechenos, sendo utilizado lança foguetes portáteis.
   Durante a crise dos reféns de 2004 da escola de Beslan, foi relatado o uso de armas termobáricas pelas Forças Armadas Russas no seu esforço para retomar a escola. O sistema usado pode ter sido a RPO-A, TGB-7V, RShG-1 ou a RShG-2 durante o ataque inicial a escola. Cerca de três a nove armas RPO-A foram encontradas mais tarde nas posições da Spetsnaz. O Governo russo admitiu mais tarde o uso da RPO-A durante a crise.
   De acordo com Ministério da Defesa do Reino Unido, as forças militares britânicas também usaram armas termobáricas em seus mísseis AGM-114N Hellfire, transportado por helicópteros Apache e UAVs, contra o Talibã na guerra no Afeganistão.
   Os militares americanos também usaram armas termobáricas no Afeganistão. Em 03 de março de 2002, uma bomba de 910 kg guiada a laser foi usado pelo exército americano contra complexos de cavernas em que Al-Qaeda e o Talebã se refugiaram na região de Gardez no Afeganistão. Os fuzileiros navais americanos tambem utilizaram armas termobáricas durante a primeira e a segunda Batalha de Fallujah.
   O uso não militar com explosivos de ar combustível foram usados ​guerrilheiros após atentados contra quartéis em 1983, na cidade de Beirute, no Líbano, foi utilizado um mecanismo explosivo com gás, provavelmente, propano, butano ou acetileno. O explosivo utilizado no atentado de 1993 ao World Trade Center incorporou o princípio da arma termobárica, usando três tanques de gás de hidrogênio engarrafado para melhorar a explosão e como ignitor uma descarga elétrica em um combustível sólido, com base no principio termobárico, e um sistema parecido foi usado para atacar a boate Sari em atentados de 2002 em Bali, Indonésia.

Lockheed Martin/Boeing F-22 Raptor

Tipo: Caça invisivel e superioridade aérea
País de origem: Estados Unidos
Fabricante: Lockheed Martin e Boeing
Primeiro voo: 7 de setembro de 1997
Inicio de serviço: 15 de dezembro de 2005
Status: ainda em serviço e fora de produção
Primeiro usuário: Força Aérea Americana
Producão: de 1997 a 2011
Total produzido: cerca de 187
Custo do programa: US$ 66.7 bilhões
Custo unitário: US$ 150 milhões
Tripulação: 1
Comprimento: 18.90 m
Envergadura: 13.56 m
Altura: 5.08 m
Area das asas: 78.04 m²
Peso vazio: 19.700 kg
Peso carregado: 29.300 kg
Peso máximo de decolagem: 38.000 kg
Motores: 2 turbinas Pratt & Whitney F119-PW-100 com empuxo vetorial
Empuxo: 10.659 kg cada turbina
Empuxo com pós combustão: 15.875 kg cada turbina 
Capacidade de combustivel: 8.200 kg interno ou 11.900 kg com dois tanques externo
Velocidade máxima: 2.410 km/h
Velocdiade de super cruzeiro: 1.963 km/h
Alcance: 2.960 km com 2 tanques extras
Alcance de combate: 759 km
Altitude de serviço: 19.812 m
Armamento: 1 metralhadora de 20 mm M61A2 Vulcan de 6 canos com 480 cartuchos, podendo transportar misseis em varias configurações 6 misseis AIM-120 AMRAAM e 2 misseis AIM-9 Sidewinder ou 2 misseis AIM-120 AMRAAM e 2 misseis AIM-9 Sidewinder com 2 bombas JDAM de 450 kg ou 8 bombas GBU-39 de 110 kg, ainda possui quatro pontos sob as asas para transporte de armas ou tanques extras de combustivel com capacidade de 2272 litros.
Aviônicos: Radar com alcance de 463 km, detector de alvos com alcance entre 200 e 240 km e sistema de contramedidas com flares MJU-39/40 contra misseis de infravermelho.

   O Lockheed Martin / Boeing F-22 Raptor é o único caça de assento único, bimotor de quinta geração que utiliza a tecnologia stealth. Foi originalmente concebida como um caça de superioridade aérea, mas tem capacidades adicionais que incluem ataque ao solo, guerra eletrônica e de inteligência. A Lockheed Martin é a responsável pela maior parte da estrutura do avião, sistemas, armas e montagem final do F-22. O Programa tem como parceria a Boeingque fornece as asas, fuselagem traseira, a integração de aviônicos e sistemas de treinamento.
   A aeronave era designada F-22 e F/A-22 durante os anos antes de entrar no serviço na Força Aérea Americana em dezembro de 2005 como o F-22A. Apesar de um período de desenvolvimento prolongado e caro, a Força Aérea Americana considerou o F-22 como um componente crítico do poder aéreo americano e afirma que a aeronave é inigualável por qualquer caça conhecido ou previsto, enquanto a Lockheed Martin afirma que o combinação stealth, velocidade, agilidade, precisão e consciência situacional, combinado com uma capacidade ar-ar e ar-terra de combate, torna o Raptor caça do mundo hoje.
   Devido ao seu alto custo, a falta clara de missões aéreas de combate, atrasos no desenvolvimento de caças de quinta geração russo e chinês, a proibição dos EUA sobre as exportações do Raptor e ao desenvolvimento F-35 mais barato e versátil resultou no fim da produção de caças F-22. Em abril de 2009, o Departamento de Defesa dos EUA fez a proposta de novos pedidos, mas tal autorização não foi aceita pelo Congressso e o F-22 ficou fora de produção, o utlimo F-22 que saiu da linha de montagem em foi entregue em 13 de dezembro de 2011.
   A história do F-22 começou em 1981, quando a Força Aérea Americna fez um pedido de um novo caça de superioridade aérea para substituir o F-15 Eagle e o F-16 Fighting Falcon. Este foi influenciada pelas ameaças emergentes em todo o mundo, incluindo o desenvolvimento e proliferação da então União Soviética com seus caças Su-27 Flanker e MiG-29 Fulcrum estes levariam vantagem das novas tecnologias de combate, tais como, materiais compostos, liga leve, avançado controle de voo, sistemas de propulsão mais poderosos e tecnologia stealth. a solicitação de propostas foi emitida em julho de 1986, e duas equipes contratantes, a Lockheed / Boeing / General Dynamics e Northrop / McDonnell Douglas foram selecionadas em 31 de outubro de 1986 para empreender uma fase de demonstração de 50 meses, culminando no teste de voo de dois protótipos o YF-22 e o YF-23.
   Em 23 de Abril de 1991, o YF-22 foi anunciado como o vencedor da competição ATF. O YF-23 foi mais furtivo e mais rápido, mas o YF-22 foi mais ágil. A imprensa de aviação especulou que o YF-22 também seria adaptado como caça da Marinha Amercana, mas tal projeto foi abandonado em 1992. Em 1991, a Força Aérea Americana planeja comprar 650 aeronaves.
   Nenhuma exportação de F-22 foi feita, pois, está impedida por uma lei federal norte-americana. Os clientes atuais de caças americanos dos modelos F-15, F-16 e F/A-18E/F Super Hornet, estão esperando para adquirir o Lockheed Martin F-35 Lightning II, que contém a tecnologia do F-22, mas foi projetado para ser mais barato, mais flexível e disponível para exportação. O F-35 não vai ser tão ágil como o F-22 ou voar tão alto ou tão rápido, mas o seu radar e aviônicos será mais avançado. Em 27 de setembro de 2006, o Congresso manteve a proibição de vendas externas do F -22.
   A Força Aérea de Israel (IAF) especulou em 2009 que o F-22 poderia ser uma forte ferramenta diplomática para Israel, seria o reforço da capacidade para atacar as instalações nucleares iranianas. Tambem foi confirmado que o F-22 pode ser o único avião capaz de escapar do sistema de defesa aérea S-300 russo, já que a Rússia pretende vender o S-300 para o Irã. No entanto, a Lockheed Martin, declarou que a F-35 pode lidar com o S-300, além disso, a Rússia declarou apoio e votou a favor de sanções das Nações Unidas sobre as vendas do S-300 para o Irã.
   O F-22 tem três baias internas de armas no fundo e nas laterais da fuselagem. Pode levar seis mísseis de médio alcance na baía de centro e um míssil de curto alcance em cada um dos dois compartimentos laterais. Quatro dos mísseis de médio alcance pode ser substituído por uma bomba de tamanho médio ou quatro bombas de pequeno diâmetro. O transporte de mísseis e bombas internamente mantém sua capacidade stealth e mantém menor arrasto, resultando em velocidades máximas mais altas e intervalos mais longos de combate. O lançamento do míssel é feito com a abertura do porta bombas em menos de um segundo, enquanto os mísseis são empurrados para fora da estrutura por braços hidráulicos. Isso reduz a chance do Raptor de ser detectado pelo radar inimigo e também permite que o F-22 lance mísseis de longo alcance, mantendo velocidade de super cruzeiro. Em testes, um Raptor lançou uma bomba de 450 kg a 15.000 m, a Mach 1.5, atingindo um alvo em movimento a 39 km de distância.
   A furtividade do F-22 é devido a uma combinação de fatores, incluindo a forma geral da aeronave, o uso de material absorvente de radar, atenção aos detalhes, tais como dobradiças e capacetes piloto que poderia fornecer um retorno radar. No entanto, a seção transversal reduzida radar é uma das cinco facetas da redução da presença abordados no projeto do F-22. O F-22 foi projetado para disfarçar suas emissões de infravermelho. A aeronave foi projetada para ser menos visível a olho nu, emissões de calor, rádio e ruído são igualmente controlados.
   A assinatura radar do F-22 é a menor entre os caças de sua geração entre eles estão: o Sukhoi Su-30MKI com 20 m quadrados, o Dassault Rafale com 2 m quadrados, o Eurofighter Typhoon com 1 m quadrado, o Sukhoi Su-35BM tambem com 1 m quadrado, o Lockheed F-117 Nighthawk com 0,025 m quadrados e por ultimo o Lockheed Martin F-22 Raptor com 0,0001 m quadrados.
   O F-22 possui medidas destinadas a minimizar a sua detecção por infravermelhos, incluindo pintura especial e refrigeração ativa de bordos de ataque para lidar com o acúmulo de calor encontrado durante o voo.
FOTOS DO F-22 RAPTOR: Porta bombas aberto, Decolagem, Aterrissagem, Motor com empuxo vetorial, Tanques extras de combustivel, Lançamento de bomba, Lançamento de missel, Interceptação, Cockpit.

 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BGM-109 Tomahawk

Tipo: Missel de longo alcance, qualquer tempo e subsônico
País de origem: Estados Unidos
Inicio do serviço: 1983 até hoje
Fabricante: General Dynamics, Raytheon/McDonnell Douglas
Custo unitário: US$ 569.000 ( em 1999 ) a nova versão tática AGM-109H/L custa US$ 1.45 milhão ( em 2011)
Peso: de 1.300 kg a 1.600 kg com reforço
Comprimento: 5.56 m
Com reforço: 6.25 m
Envergadura: 2.67 m
Diâmetro: 0.52 m
Ogiva convencional: 450 kg
Dispositivo de detonação: mecanismo de impacto FMU-148 Motor: Williams International F107-WR-402
Combustível: combustível liquido TH e combustível sólido
Alcance: modelo Block II TLAM-A cerca de 2.500 km, modelo Block III TLAM-C, Block IV TLAM-E 1.700 km e modelo Block III TLAM-D 1.300 km
Velocidade: 880 km/h
Sistema de guiagem: GPS, INS, TERCOM e DSMAC
Plataformas de lançamento: submarinos, navios e de lançadores terrestres

   O Tomahawk é um missel de longo alcance, para uso em todas as condições meteorológicas, de cruzeiro supersônico. Introduzido pela General Dynamics na década de 70, foi concebido como um missel de médio a longo alcance, de baixa altitude que poderia ser lançado a partir de uma plataforma na superfície. Ela foi melhorada várias vezes e, por meio de alienações e aquisições corporativas, agora é feito pela Raytheon. Alguns Tomahawks também foram fabricados pela McDonnell Douglas (agora Boeing).
   A família de mísseis Tomahawk pode atacar uma variedade de alvos na superfície. Embora um número de plataformas de lançamento foram implantadas ou previstas, mas apenas a naval é usada (sendo navios e submarinos) várias variantes estão atualmente em serviço. O Tomahawk tem um design modular, permitindo uma ampla variedade de sistemas de orientação, ogiva e alcance.
   As ogivas podem ser com submunições, uma ogiva nuclear W80, convencional, um modelo lançado da terra BGM-109G com uma ogiva nuclear W84 mas foi retirado de serviço em 1987 e anti-navio. 
   Foi usado veiculos para o lançamento do Tomahawk em bases na Europa, mas foram retirados de serviço em conformidade com o Tratado de Nuclear de 1987. Muitas das versões anti-navio foram convertidos no final da Guerra Fria. O modelo Block III TLAM que entrou em serviço em 1993, pode voar mais longe e utilizar o Sistema de Posicionamento Global (GPS) para atacar com mais precisão. Já o modelo Block TLAM IV tem uma capacidade melhor de controle de voo (DSMAC), bem como melhores motores, motor F107-402, possui um controle do aceleração, permitindo alterações na velocidade de voo. Este motor também proporciona uma melhor economia de combustível. O Block IV TLAM Fase II tem um melhor ataque em profundidade e estão equipados com um sistema de direcionamento em tempo real para atacar alvos em movimento. Alguns mísseis também podem executar um ataque de precisão, transmitindo seu status de volta para uma estação terrestre através de comunicação por satélite.
   Uma melhoria importante para o Tomahawk é a capacidade de utilizar informações transmitidas a partir de várias fontes como aviões, UAVs, satélites, soldados de infantaria, tanques e navios para encontrar seu alvo. Também será capaz de enviar dados de seus sensores para essas plataformas. Vai ser uma parte da força de rede a ser implementado pelo Pentágono.
   Com o sistema TLAM o Tomahawk está equipado com uma câmera de TV para permitir que os comandantes avaliem os danos ao alvo e para redirecionar o míssil para um objectivo alternativo, se necessário. Ele pode ser reprogramado em voo para atacar um dos 15 alvos predeterminados com coordenadas GPS armazenados em sua memória ou a qualquer outras coordenadas GPS. Entrou em serviço com a Marinha Americana no final de 2004.
   Em maio de 2009, a Raytheon propôs uma atualização para missel Block IV, um modelo capaz de destruir ou desabilitar grandes navios de guerra com um alcance de 1.700 km.