" Criei um aparelho para unir a humanidade, não para destruí-la. " - Santos Dumont

" Um prisioneiro de guerra é um homem que tentou matá-lo, não conseguiu e agora implora para que você não o mate. " - Winston Churchill
" Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus - Albert Einstein
" O objetivo da guerra não é morrer pelo seu país, mas fazer o inimigo morrer pelo dele - George S. Patton. "
" Só os mortos conhecem o fim da guerra " - Platão
"Em tempos de paz, os filhos sepultam os pais; em tempo de guerra, os pais sepultam os filhos." - Herodes

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Helibras Esquilo AS 350

Tipo: Helicóptero utilitário leve
Fabricante: Aérospatiale/Helibras
Primeiro voo: 26 de junho de 1974
Inicio do serviço: 1975
Producão: de 1975 até hoje
Custo unitário: US$ 2.500 milhões
Variantes: Eurocopter AS355 e AS550 Fennec
Desenvolvido a partir: Eurocopter EC130
Tripulação: 1 ( piloto )
Capacidade: 5 passageiros
Comprimento: 10.93 m
Diâmetro do rotor: 10.69 m
Altura: 3.14 m
Peso vazio: 1.174 kg
Peso máximo de decolagem: 2.250 kg
Motor: 1 turbina Turbomeca Arriel 2B com 847 cv
Velocidade máxima: 287 km/h
Velocidade de cruzeiro: 245 km/h
Alcance: 662 km ou 4 horas
Altitude de serviço: 4.600 m
Razão de subida: 8.5 m/s
Aviônicos: Sistema integrado com telas multi-funcional que reúnem informações de navegação. FLIR e Câmeras Infravermelhas Termográficas ( FLIR ). As opções de 4, 5, e 6 passageiros são disponíveis. A configuração de 6 passageiro é uma opção de relativamente incomum, sendo substituido o banco da frente por um banco para duas pessoas e o piloto fica localizado no lado esquerdo da cabine. 

O Esquilo AS 350 B2 é um helicóptero monoturbina leve para 5 ou 6 passageiros e 1 piloto. Equipado com um motor Turbomeca Arriel 1D1, apresenta melhor desempenho em altitudes elevadas e em temperaturas altas. 
E graças a uma cabine espaçosa e aos diversos equipamentos opcionais disponíveis, esse helicóptero pode executar as mais diversas missões, tanto civis quanto públicas. 
Sua concepção simples e moderna, com materiais conjugados (pás, rotor "starflex", capôs, etc) oferece grande conforto devido aos baixos níveis de ruído e vibração. Trata-se de uma aeronave muito versátil, indicada particularmente para transporte executivo e de passageiros, transporte aeromédico e de carga externa, com capacidade para até 1.160 kg de carga no gancho. Esse helicóptero adapta-se muito bem para missões policiais. Fabricado pela Eurocopter/Aérospatiale e no Brasil pela Helibras. 
O desenvolvimento do AS 350 começou na década de 1970 para substituir a Aérospatiale Alouette II, e o primeiro vôo ocorreu em 27 de junho de 1974. Apesar da introdução do EC130, a produção do AS350 Eurocopter permanece forte até hoje.
A Eurocopter com sua subsidiária Helibras assinou um contrato para um programa de grande atualização da frota do Exército Brasileiro, com cerca de 35 AS350. O objetivo desse projeto é, modernizar os helicópteros HB 350L1 Esquilo e AS550A2 Fennec da Aviação do Exército, que são utilizados para as missões de Reconhecimento e Ataque, possibilitando o seu emprego na Força Terrestre por mais trinta anos.
Com essa modernização, o Exército passará a contar com helicópteros de reconhecimento e ataque, atualizados, com novos painéis de instrumentos, sistema de comunicações e sistemas de armas integrados com lançadores de mísseis ar-solo, lançadores de foguetes, metralhadoras .50 e canhões de 20mm, melhorando suas condições de combate.
Em 14 de maio de 2005, um AS350 B3 pilotado pelo piloto de teste da Eurocopter alcançou o topo do Monte Everest a 8.850 metros, este registro foi confirmado pela Federação Aeronáutica Internacional.
Em 29 de abril de 2010, um AS350 B3 conseguiu resgatar três alpinistas no, Nepal a cerca de 8.091 metros, um de cada vez, o mais alto resgate já feito. 
A Policia Militar do Estado de São Paulo utiliza cerca de 19 aeronaves Esquilo, chamadas de Águia e cada hora de voo de um Águia custa R$ 1,2 mil para o Estado, podendo permanecer no ar por 3h30 com tanque cheio. Entretanto a frota da PM também possui recursos exclusivos como rádio comunicador com freqüência única, sistema de GPS e câmeras super-potentes localizadas na parte de baixo da aeronave, capazes de identificar suspeitos e checar placas de carros com mais de 1 km de distância.
Além de possuir equipamentos de última geração, os helicópteros da PM têm alguns "privilégios", eles podem voar abaixo da altura mínima permitida e pousar em qualquer lugar. Os Águias já realizaram cerca de 120 mil missões e voaram quase 72 mil horas. Executando diversas missões como de patrulhamento nas cidades e praias, suporte aéreo as viaturas, resgate médico e combate a incêndios. O Esquilo AS350 tambem é utilizado por emissoras de TV, hospitais, transporte aéreo e uso militar.  

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Northrop Grumman MQ-8 Fire Scout

Tipo: Sistema de Veículo Aéreo Tático não Tripulado
Fabricante: Northrop Grumman
País de origem: Estados Unidos
Primeiro voo: dezembro de 2006
Primeiro usuário: Marinha Americana
Produção total: 175
Custo unitário: US$ 16 milhões
Tripulação: 0
Comprimento: 7.30 m
Largura da fuselagem: 1.90 m
Altura: 2.90 m
Diâmetro do rotor: 8.40 m
Peso vazio: 940 kg
Peso máximo de decolagem: 1.428 kg
Motor: 1 turbina Rolls Royce 250-C20W
Velocidade de cruzeiro: 200 km/h
Velocidade máxima: 213 km/h
Altitude de serviço: 6.100 m
Alcance: cerca de 8 horas de voo
Alcance com equipamento de infravermelho e radar: cerca de 7 horas
Alcance com carga de equipamentos máxima: cerca de 5 horas
Aviônicos: Infravermelho, detector de minas, comunicação VHF/UHF e radar maritimo.

   O MQ-8 Fire Scout é um helicóptero não tripulado autônomo desenvolvido pela Northrop Grumman para uso pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. O Fire Scout é projetado para fornecer reconhecimento e apoio para detecção de alvos em terra, ar e mar. A versão RQ-8A inicial foi baseada na Schweizer 330, enquanto que as melhoradas MQ-8B foi derivado do Schweizer 333.
   O Fire Scout MQ-8B tem a capacidade autônoma de decolagem e aterrissagem em qualquer navio de guerra, com a maior autonomia entre aeronaves não tripuladas, o Fire Scout é capaz de operações contínuas, proporcionando uma cobertura de 200 km do local de lançamento e 8 horas de voo.
   O MQ-8B fornece uma capacidade de detectar, identificar e direcionar as ameaças táticas no mar ou em terra. Possui radar eletro-óptico/infravermelho, sensores downlink de vigilância com vídeo, sensores de anomalia magnética e sistemas via satélite. Podendo direcionar artilharias em terra, mar, ataques aéreos e soldados no campo de batalha minimizando o contato com fogo inimigo.
   O MQ-8B é capaz de operar a partir de qualquer navio da Marinha, o Fire Scout possui três missões principais: guerra anti-submarina, guerra de superfície e guerra de minas, podendo realizar múltiplas funções ao mesmo tempo, fornecendo suporte no campo de batalha. O Fire Scout fornece informações  em tempo real, como verificação de barcos suspeitos, desembarque anfíbio, transmissão de comunicações, orientação sobre alvos móveis e além do campo visual​​.
   Em janeiro de 2006, um RQ-8A pousou no navio de guerra da Marinha Americana o USS Nashville  na costa de Maryland, perto do rio Patuxent. Isto marcou a primeira vez que um helicóptero não tripulado desembarcou de forma autônoma em um navio em movimento. O USS Nashville, que é um navio de transporte anfíbio, viajava a uma velocidade de 27 km / h.
   No entanto, devido a mudanças no cronograma de desenvolvimento, a Marinha realizou a Avaliação Operacional do Fire Scout a bordo do USS McInerney (FFG-8). Isto irá fornecer a frota um sistema de suporte aéreo não tripulado. O Fire Scout utilizou mísseis guiados a bordo da fragata USS McInerney, para ajustes operacionais e testes em 10 de dezembro de 2008. O Fire Scout foi programado para utilização a bordo do USS McInerney, durante missões contra o narcotráfico em 2009. 
   A Marinha realizou avaliações técnicas em 2008 e a Avaliação Operacional em 2009, chegando a capacidade operacional em 2011. 
   Em setembro de 2009, a Marinha anunciou a primeira missão do MQ 8B, em 3 de abril de 2010, um MQ-8 detectou um lancha e uma embarcação de apoio envolvidos no contrabando de cocaína no Pacífico Oriental, resultando na apreensão de 60 kg de cocaína e a prisão dos suspeitos. Em 2 de Agosto de 2010, um MQ-8 deixou de responder aos comandos durante os voos de testes e entrou no espaço aéreo restrito ao redor de Washington. 
    Em maio de 2011, três MQ-8 foram destacados para o norte do Afeganistão.
   Em 21 de Junho de 2011, um MQ-8 operacional do USS Halyburton que fazia parte das Operação da Otan foi abatido sobre a Líbia durante uma missão de reconhecimento e vigilância.
   A Marinha Americana perdeu duas aeronaves em uma semana. No primeiro incidente, a Marinha disse que um Fire Scout caiu na costa da África em 30 de março de 2012, depois que a aeronave não conseguiu pousar na fragata USS Simpson no final de uma missão de vigilância. Em 6 de Abril de 2012, outro Fire Scout caiu no Afeganistão, a Marinha disse que a causa do acidente não havia sido determinada.
   Existem estudos para que o MQ-8B utilize armamentos, como foguetes Hydra de 70 mm, misseis guiados a laser Griffin, bombas guiadas a laser ou gps GBU-44 e misseis Hellfire II guiados a laser.

domingo, 22 de abril de 2012

Boeing-Sikorsky RAH-66 Comanche

Tipo: Helicóptero de reconhecimento e ataque
País de origem: Estados Unidos
Fabricante: Boeing e Sikorsky
Primeiro voo: 4 de janeiro de 1996
Status: Cancelado
Primeiro usuário: Exército Americano
Total produzido: 2
Custo do programa: US$ 6.9 bilhões (2004)
Tripulação: 2
Comprimento: 14.28 m
Diâmetro do rotor: 11.90 m
Altura: 3.37 m
Peso vazio: 4.218 kg
Peso carregado: 5.601 kg
Peso máximo de decolagem: 7.896 kg
Carga útil: 2.296 kg
Motor: 2 turbinas LHTEC T800-LHT-801 com 1.585 cv cada
Rotor: com 5 laminas no rotor principal
Velocidade máxima: 324 km/h
Velocidade de cruzeiro: 306 km/h
Alcance: 485 km com combustível interno
Alcance de combate: 278 km com combustível interno
Alcance máximo: 2.220 km ou 2 horas e 50 minutos
Altitude de serviço: 4.566 m
Razão de subida: 4.55 m/s
Armamento: 1 canhão de 20 mm XM301 montado em uma torre na frente da fuselagem com capacidade de 500 cartuchos
Pontos internos: 6 misseis AGM-114 Hellfire ou 6 misseis AIM-92 Stinger ou 24 foguetes Hydra 70  (70 mm) e pontos externos opcionais com 8 misseis Hellfire, 16 misseis Stingers ou 56 foguetes Hydra 70.

   O Boeing-Sikorsky RAH-66 Comanche é helicóptero de ataque e reconhecimento armado, projetado para o Exército Americano. O programa RAH-66 foi cancelado em 2004, antes da produção em massa, depois de quase 7 bilhões de dólares terem sido gastos no programa.
Durante os anos 80, o Exército Americano começaram a formular uma exigência para a substituição de seus helicópteros, resultando no programa de um helicóptero leve experimental. Em 1991, a equipe da Boeing-Sikorsky foi escolhida para produzir alguns protótipos. O Comanche iria incorporar tecnologias furtivas. Utilizando sensores avançados no seu papel de reconhecimento, sendo destinado para designar alvos para o Apache AH-64. A aeronave também foi armada com mísseis e foguetes para destruir veículos blindados. Dois protótipos foram construídos, realizando testes de voo entre 1996 e 2004, até o cancelamento do programa em 2004.
   Em 1982, o Exército Americano começou um programa para a substituição dos helicópteros UH-1, AH-1, OH-6 e OH-58. Demorou de seis anos, em 1988, um requisito foi alterado para um helicóptero de reconhecimento. Em outubro daquele ano, a Douglas Boeing-Sikorsky e Bell-McDonnell as equipes receberam o contrato para seus projetos. Em Abril de 1991, a equipe da Boeing-Sikorsky foi escolhida como vencedora do concurso e recebeu um contrato para construir quatro protótipos para uma fase de demonstração e avaliação, ficando designado como RAH-66 Comanche.
Em Novembro de 1993, o primeiro protótipo foi construído, no ano seguinte o número de protótipos foram reduzidos para dois. O primeiro protótipo do Comanche foi construído pela Sikorsky em 25 de maio de 1995, antes de ser transferido para West Palm Beach, Flórida, para voos de testes. O protótipo, fez um voo de 39 minutos em 04 de janeiro de 1996. O voo estava planejado originalmente para agosto de 1995, mas foi adiado por problemas estruturais e de software. O segundo protótipo fez seu primeiro voo em 30 de março de 1999.
   O RAH-66 foi concebido para ser um helicóptero invisível, incorporando várias técnicas, a fim de reduzir a sua seção transversal do radar e outras áreas de visibilidade. Suas superfícies externas foram facetadas e tinha material absorvente de sinais de radar, revestimentos e tinta anti infravermelho, com estas medidas, o sinal radar do Comanche era 360 vezes menor que o helicóptero de ataque AH-64 Apache e mais silencioso que qualquer helicóptero, alcançado através do rotor composto de 5 lâminas  e a montagem do rotor de cauda.
   O Comanche foi equipado com um sistema de navegação sofisticada e de detecção destinados a permitir operações à noite e com mau tempo. Cada um dos dois tripulantes tinha dois monitores LCD multi-funcionais, sistema de controle de voo fly-by-wire . Sua missão principal era usar seus sensores avançados para localizar e designar alvos para os helicópteros de ataque, como o AH-64. O RAH-66 tinha seu próprio armamento, poderia levar misseis Hellfire, Stinger dividido igualmente entre os dois pontos com lançadores retráteis. O Comanche também era equipado com um canhão de 20mm sob seu nariz. Mais armamento poderia ser acomodado externamente, mas isso iria reduzir a eficácia das tecnologias furtivas.
   O RAH-66 era equipado com dois motores LHTEC T800. Sua fuselagem era feita de material composto. Ele foi projetado para caber facilmente em navios de transporte, permitindo que ele seja implantado em zonas de combate rapidamente. O alcance do Comanche era de 2.200 km, foi concebido especificamente para o papel de olheiro armado, substituindo o atual helicóptero do Exército nesta missão, o OH-58D Kiowa Warrior, que é uma versão atualizada de uma observação desde a Guerra do Vietnã. O Comanche era menor e mais leve do que o AH-64.
Os testes de voo foram realizados com dois protótipos. Depois de conhecer os critérios para 0o RAH-66 entrou na fase de fabricação em 1 de junho de 2000. Um esforço para reduzir o peso vazio do Comanche em cerca de 91 kg ou de 2,1% para atender sua meta de peso foi iniciada em 2000. No início de 2000, o Exército Americano planejava comprar mais de 1.200 Comanches para missões de ataque leve, com entregas previstas para começar em 2006. O primeiro protótipo, completou 318 voos com mais de 387 horas, em janeiro de 2002. O segundo protótipo, tinha 93 horas de voo e 103,5 surtidas até maio de 2001.
   O segundo RAH-66 executou um voo contínuo em 23 de maio de 2002, incluindo o teste de visão noturna e sistemas de armas, até 2003. Durante os testes, o Comanche alcançou a velocidade de 319 kmh, demonstrando uma capacidade de fazer um giro de 180 ° em menos de 5 segundos.
   Em 2002, o programa foi reestruturado e o número de Comanches foi cortado para 650. A produção dessa frota teve um custo total previsto de US$ 26,9 bilhões. A produção do terceiro RAH-66, começou em 2003 e oito RAH-66 seriam construídos para testes operacionais.
   Em 23 de fevereiro de 2004, o Exército Americano anunciou sua decisão de cancelar o programa RAH-66 Comanche. O Exército determinou que seria necessário atualizações para o RAH-66 para sobreviver as ameaças anti-aéreas atuais e decidiu colocar o financiamento para renovação de sua frota de helicópteros e aviões de reconhecimento. O Exército também planejou usar os fundos do programa para acelerar o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (UAVs). O programa Comanche consumiu cerca de 6 bilhões e 900 milhões de dólares.
   Muitas razões levaram ao cancelamento definitivo do programa RAH-66, entre elas, o custo alto do programa que utilizava a maior parte do orçamento do exército e as experiências do exército na guerra do Kosovo, levou a utilização de plataformas não-tripuladas para realizar muitas das funções para as quais o Comanche foi desenvolvido.
   Alguns diziam que os requisitos do Comanche de peso eram inatingíveis devido à má gestão, ninguem controlou o peso final da aeronave, havia a preocupação de que, quando estivesse totalmente equipado, os motores do Comanche seriam incapazes de levantar o helicóptero. No final, concluiu-se que seu orçamento seria melhor gasto em programas menos arriscados.
FOTOS DO COMANCHE: Cockpit, Rotor de cauda, Decolagem, Lateral, Porta misseis retrátil, Canhão, Capacete especial para o Comanche.