" Criei um aparelho para unir a humanidade, não para destruí-la. " - Santos Dumont

" Um prisioneiro de guerra é um homem que tentou matá-lo, não conseguiu e agora implora para que você não o mate. " - Winston Churchill
" Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus - Albert Einstein
" O objetivo da guerra não é morrer pelo seu país, mas fazer o inimigo morrer pelo dele - George S. Patton. "
" Só os mortos conhecem o fim da guerra " - Platão
"Em tempos de paz, os filhos sepultam os pais; em tempo de guerra, os pais sepultam os filhos." - Herodes

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Cessna L-19/O-1 Bird Dog


Tipo: Observação e apoio
Pais de origem: Estados Unidos
Fabricante: Cessna
Primeiro voo: 14 de dezembro de 1949
Inicio do serviço: 1950
Retitado de serviço: 1974 ( E.U.A )
Primeiros usuários: Força Aérea e Exército Americano, Real Força Aérea Tailândesa e Força Aérea Sul Vietnamita
Total produzido: 3.431
Desenvolvido a partir: Cessna 170
Tripulação: 2
Comprimento: 7.85
Envergadura: 10.97 m
Altura: 2.22 m
Area das asas: 16.16 m²
Peso vazio: 732 kg
Peso máximo de decolagem:  1.089 kg
Motor: 1 Continental O-470-11 a pistão, com 213 cv
Velocidade máxima: 209 km/h
Alcance: 853 km
Altitude de serviço: 6.200 m
Razão de subida: 317 m/min


   O Cessna Bird Dog L-19/O-1 era um avião de ligação e observação. Foi a primeira aeronave de asa fixa feita toda de metal utilizada pelo Força Aérea do Exército Americano desde a separação com a Força Aérea Americana em 1947, tornando-se sua própria Força Aérea. O Bird Dog teve uma longa carreira no Exército Americano, assim como em outros países.
   O Exército Americano estava à procura de uma aeronave que poderia ajustar fogo de artilharia, bem como executar funções de ligação e de preferência ser construído totalmente de metal. O Exército Americano emitiu a especificação de uma aeronave de dois lugares no modelo de apoio e monoplano no modelo de observação, a Cessna Aircraft Company apresentou o modelo Cessna 305A, desenvolvido a partir do Cessna 170. O Cessna 305A era um monomotor, leve, monoplano de asa alta e com um trem de pouso fixo. O modelos 305A tinha dois lugares, em tandem, sendo a maior aeronave já produzida pela Cessna, possuia janelas laterais inclinadas para melhorar a observação do solo. Outras diferenças incluia uma fuselagem traseira redesenhada, proporcionando uma visão diretamente para trás, painéis transparentes no meios das asas, o que permitiu que o piloto olhasse diretamente para cima sem obstáculos. Foi instalado uma porta mais larga para permitir o transporte de uma maca.   O Exército Americnano concedeu um contrato a Cessna para a aeronave, que foi designada como Bird Dog L-19A. O protótipo voou pela primeira vez em 14 de dezembro de 1949. As entregas começaram em dezembro de 1950, não demorou muito para a aeronave entrar em combate, sua primeira guerra foi na Coréia de 1950 a 1953. Uma versão de treinamento foi desenvolvido em 1953, versões posteriores tiveram um aumento de velocidade e a versão final, a L-19E, tinha um maior peso bruto. A Cessna produziu 3.431 aviões, que também foi construído sob licença pela Fuji, no Japão.   O modelo L-19 recebeu o nome de Bird Dog como resultado de um concurso realizado com os empregados da Cessna, e sendo utilizado pelo Exército Americano, o nome foi escolhido porque o papel da nova aeronave era encontrar o inimigo e logo após chamar a artilharia ou aviões de ataque  para que fosse realizado o ataque, voando baixo e próximo ao campo de batalha, o piloto iria observar as explosões e ajustar o fogo através de seus rádios, como se fosse um cão de caça usado por caçadores.
   Os Estados Unidos construíu o Bird Dog entre 1950 e 1959. Em 1962, o Exército utilizou o L-19  na Guerra do Vietnã. Durante a Guerra do Vietnã o Bird Dog foi utilizado principalmente para reconhecimento, aquisição de alvos, o ajuste de artilharia, calibragem de rádio, escolta de comboios e controle aéreo bombardeiros.   O O-1, foi substituido, pelo O-2 Cessna Skymaster, enquanto os fuzileiros receberam o Bronco OV-10. O Bird Dog continuou a ser utilizado pelo Exército até o final da guerra em missões de reconhecimento no Vietnã do Sul e até mesmo no extremo sul do Vietnã do Norte. A última aeronave do Exército Americano foi oficialmente aposentada em 1974.    Durante a Guerra do Vietnã, cerca de 469 O-1 Bird Dog foram perdidos. A Força Aérea Americana 178 aeronaves, os Fuzileiros perderam 7 e 284 foram perdidos pelo Exército Americano, Forças sul-vietnamitas e os operadores clandestinos. Três aeronaves foram abatidas pelo inimigo que usaram misseis superfície-ar.
   Muitos dos O-1 e L-19 foram vendidas a proprietários privados como aviões de paaseio, enquanto outros foram para museus, onde eles geralmente são exibidos com suas marcas de combate. Outros estão em uso em clubes de planadores dos Estados Unidos como um veículo confiável e poderoso para rebocar planadores, a maioria dos aviões utilizados para reboque de planadores.   No Canadá, um L-19 é utilizado como reboque para seus planadores Schweizer 2-33A. Em junho de 2009, mais de 330 foram registrados na Administração Federal de Aviação. Mas existem modelos que estão em operação fora dos Estados Unidos.   Em 29 de abril de 1975, um dia antes da queda de Saigon, o major sul-vietnamita da Força Aérea Buang Ly transportou sua esposa e seus cinco filhos em um Cessna O-1 Bird Dog de dois lugares, decolando da ilha de Con Son, depois de fugir do ataque inimigo, o major viu o porta-aviões USS Midway e com apenas uma hora de combustível restante, pediu autorização para o pouso no porta-aviões, sabendo que não havia espaço para que isso acontecesse, o comandante do Midway, ordenou que vários helicópteros UH-1 Huey fossem jogados no Mar da China Meridional, para que o Bird Dog do major Buang Ly pudesse pousar no Midway, está aeronave está em exposição no Museu Nacional da Aviação Naval em Pensacola, Flórida.
 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Consolidated B-24 Liberator


Tipo: Bombardeiro pesado
Fabricante: Consolidated
Primeiro voo: 29 dezembro de 1939
Inicio do serviço: 1941
Retirado de serviço: 1968 na Força Aérea da India
Primeiros usuários: Força Aérea, Exército e Marinha Americana, RAF e Canadá
Produção: de 1940 a 1945
Total produzido: cerce de 18.482
Custo unitário: U$ 297.627 ( hoje cerca de U$ 4.7 milhões de dólares Tripulação: 11
Comprimento: 20.6 m
Envergadura: 33.5 m
Altura: 5.5 m
Area das asas: 97.4 m²
Peso vazio: 16.590 kg
Peso carregado: 25.000 kg
Peso máximo de decolagem: 29.500 kg
Motores: 4 motores radiais turbo compressores Pratt & Whitney R-1830 com 1.200 cv cada
Velocidade máxima: 470 km/h
Velocidade de cruzeiro: 346 km/h
Velocidade de stol: 153 km/h
Alcance: 3.400 km
Alcance máximo: 6.000 km
Altitude de serviço: 8.500 m
Razão de subida: 5.2 m/s
Armamentos: 10 metralhadoras .50 M2 Browning, carga de bombas 3.600 kg


  O Consolidated B-24 Liberator era um bombardeiro americano pesado. O B-24 foi utilizado na Segunda Guerra Mundial por várias armadas americanas e aliadas durante a guerra, atingindo um recorde de guerra distinto com suas operações na Europa Ocidental, Pacífico, Mediterrâneo, China e Birmânia-Índia.
   A produção em massa esteve em pleno vigor em 1943, onde no pico de produção tinha atingido um B-24 por hora e 650 por mês em 1944. O B-24 terminou a Segunda Guerra Mundial como o bombardeiro pesado mais produzido na história, com cerca de 18.400 unidades e ainda detém a distinção como a mais produzida aeronave militar norte-americana.
Muitas vezes comparado com o mais conhecido Boeing B-17 Flying Fortress, o B-24 era um projeto mais moderno, com uma maior velocidade, maior alcance e uma maior carga de bombas, no entanto, era também o mais difícil de pilotar. A opinião popular entre as tripulações e equipes em geral tendem a favorecer o B-17 por suas qualidades. No B-24 a colocação dos tanques de combustível em toda a fuselagem superior e sua construção leve, projetado para aumentar o alcance e otimizar a produção da linha de montagem, fez a aeronave vulnerável a danos de batalha. O B-24 era notório entre tripulações americanas devido a sua tendência de pegar fogo, além disso, sua alta fuselagem também significava que era perigoso para pousos de barriga, já que sua fuselagem tendia a quebrar. No entanto, o B-24 forneceu um excelente serviço em uma variedade de missões, graças à sua grande carga e longo alcance.
   A missão mais desastrada do B-24 foi a baixa altitude contra os campos de petróleo Ploiesti, na Roménia em 1 de agosto de 1943, que se transformou em um desastre, porque o inimigo foi subestimado, pegando os B-24 totalmente desorganizados.
   O B-24 era espaçoso, foi construído em torno de um compartimento de bombas central com dois compartimentos que podem acomodar até 3.629 kg de munições cada. O porta bombas foi dividido em compartimentos dianteiro e traseiro e tinha uma passarela central, com apenas 9 cm de largura. Uma queixa universal surgiu sobre a passarela extremamente estreita. A aeronave foi, apelidada por vezes  como "O Caixão Voador", porque a única entrada e saída do homem-bomba estava na parte de trás e era quase impossível para a tripulação de voo e o artilheiro do nariz, caminhar para o fundo da aeronave  quando estivessem usando pára-quedas. 
   Como o B-17, o B-24 tinha uma série de metralhadoras Browning M2 calibre .50 na cauda, barriga, em cima, dos lados e no nariz para defendê-lo de ataques de caças inimigos. No entanto, ao contrário do B-17, a torre de bola podia ser recolhida para dentro da fuselagem quando não estivesse sendo usada, uma necessidade, dada a distância do solo e a parte debaixo da fuselagem.
   Os Liberators tiveram uma grande contribuição para a vitória aliada na Batalha do Atlântico contra os U-boats alemães. A decisão de alocar os Liberators ao Comando Costeiro em 1941 para patrulhar a leste do Oceano Atlântico produziu resultados imediatos. O B-24 quase dobrou o alcance da força britânica de reconhecimento marítimo, esse aumento no alcance das patrulhas o Comando Costeiro podia cobrir parte do déficit no meio do Atlântico, onde os U-boats operavam sem o risco de serem atacados e afundados por aviões aliados. 
   Durante 12 meses, o Comando Costeiro da RAF com o seus Liberators, forneceram a cobertura aérea apenas para comboios no Atlântico, os B-24 retiraram parte de sua blindagem, torres e armas, a fim de economizar peso, enquanto carregava gasolina extra em tanques extras em seus porta bombas. Os Liberators foram equipados com o radar Mark II , que, juntamente com a luz Leigh dando-lhes a capacidade de caçar submarinos de dia e de noite.
   Estes Liberators eram operados de ambos os lados do Atlântico com a Real Força Aérea Canadense e com a Marinha Americana a partir do oeste, e com a RAF a partir do leste, com base na Irlanda do Norte, Escócia, Islândia, e a partir de meados de 1943 a partir dos Açores. Este papel era perigoso, especialmente depois que muitos U-boats foram armados com armas anti-aéreas, alguns U-Boats adotaram a política de ficar na superfície para lutar, ao invés de submergir e arriscar a ser afundado por torpedos ou cargas de profundidade. Além de voar a partir da costa leste dos Estados Unidos, os B-24  Americanos voaram da Groenlândia, Açores, Bermuda, Bahamas, Porto Rico, Cuba, Trinidade e de onde quer que eles pudessem voar sobre o Atlântico.
   A mudança repentina e decisiva da Batalha do Atlântico, em favor dos Aliados em maio de 1943 foi o resultado de muitos fatores. No entanto, não foi por acaso que coincidiu com a chegada tardia dos B-24 com capacidade para longas patrulhas marítimas. Os B-24 afundaram cerca de 72 U-boats.
Além de patrulhas de longo alcance, o B-24 era vital para patrulhas com alcance 1.600 km, tanto no Atlântico e no Pacífico, os B-24 da USAF tiveram grande participação na destruição de submarinos alemães e japoneses, e também alguns navios de transporte japonês.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Missel RBS-15 (Robotsystem 15) Saab Bofors Dynamics


Tipo: Missel anti-navio
Fabricante: Saab Bofors Dynamics, Diehl BGT Defense
Plataformas de lançamento: aeronave, navio e lançadores em terra
País de origem: Suécia
Inicio do serviço: 1985 até hoje
Utilizado por: Alemanha, Croácia, Finlândia, Polônia, Suécia, Tailândia e Iugoslávia

Peso: 800 kg
Comprimento: 4.33 m
Diâmetro: 50 cm
Envergadura: 1.40 m
Alcance operacional: 250 km
Ogiva: 200 kg de explosivo de alta explosão ou de fragmentação
Mecanismo de detonação: impacto ou proximidade
Motor: turbo jato
Sistema de guiagem: inercia, GPS ou radar ativo
 
   O RBS-15 (Robotsystem 15) é um missel de longo alcance, dos tipos superfície-superfície, ar-superfície e anti-navio. A versão Mk III tem a capacidade de atacar alvos em terra. O míssil foi desenvolvido pela empresa sueca Saab Bofors Dynamics.
   A Marinha sueca foi pioneira em mísseis anti-navio com a classe Halland de destruidores usando o míssil RB08 desde o início dos anos 60. Devido a decisões da Defesa em 1958 a Marinha foi reestruturada na força composta por embarcações e o cancelamento de novas compras de destroiers. Isso representava um problema para os misseis existentes, já que o espaço necessario é maior que o normal, ficando o uso restrito nos destroiers. Adicionando aos problemas, cada um míssil teve de ser preparado individualmente para o lançamento e apenas dois mísseis poderiam ficar instalados sobre os trilhos de lançamento, ao mesmo tempo. Em comparação, o míssil STYX utilizado pela União Soviética (que foi o adversário esperado) os misseis eram armazenados em recipientes individuais no convés, que deixavam os mísseis imediatamente disponíveis para o lançamento. Os testes foram realizados com um arco único montado o RB08 no final dos anos 60, mas estes testes não deram em nada.
   A próxima tentativa da Saab era equipar navios da classe Norrköping com mísseis anti-navio, isso foi feito pela primeira vez em 1978, sob o nome de projeto "RB 04 Turbo" um desenvolvimento do RB utilizado pela Força Aérea equipado com um turbo propulsor, mudou as configurações de asa foguete para decolagem a partir do solo. A proposta inicial foi rejeitada como inferior ao Harpoon.   
   O projeto, sob a liderança de Hans Ahlinder, então, elaborou uma proposta de um míssil com maiores capacidades e desempenho superior ao Harpoon. Como uma maneira de indicar uma nova arma o nome do projeto foi alterado de "LD 04 Turbo" para "RBS-15".
   O contrato dessa arma foi assinado em 1979, no último minuto, o governo sueco optou por não comprar o missel anti-navio Harpoon míssil. Os primeiros mísseis foram entregues a Marinha em junho de 1984 com a versão Mc RBS-15.
   Uma nova versão do míssel tinha sido ordenada em 1984 pela Marinha sueca para desenvolver uma versão de defesa costeira o RBS-15F, tornando-se operacional em 1985. A Força Aérea Sueca recebeu seus mísseis dois anos mais tarde. O modelos Mk foi produzido 1985 a 1990.
   Uma versão mais desenvolvida, o RBS-15 Mk. II, foi iniciada no começo de 1980. Mas demorou até 1994, antes de um contrato de desenvolvimento fosse assinado para a atualização de mísseis anti-navio. O Mk. II tem o mesmo alcance de 70 km, mas um novo sistema de orientação de percurso e aproximação, bem como a assinatura de radar atualizada. O Mk. II está em produção desde 1998.
   O desenvolvimento da versão RBS-15 Mk. III começou em meados da década de 90. Foi dado maior alcance (devido a maior capacidade de combustível e novo combustível, o alcance foi aumentado para cerca de 200 km), maior precisão (GPS integrado) e segmentação prioridade selecionável, o que melhorou a flexibilidade do sistema. O Mk. III também foi produzido pela Diehl BGT Defence da Alemanha para a nova classe de corvetas furtivas alemães, e é provável que mais tarde será usado em outros navios da Marinha alemã. A fabricante Finlandesa de caminhões Sisu produz caminhões de lançamento de mísseis para o RBS-15. O Mk. III está em produção desde 2004.
   A versão do míssel 04 RB foi usado pela Força Aérea Sueca. A frente do míssil foi modificada, incluindo a ogiva, mas a parte traseira recebeu novas asas emotor turbo propulsor foi substituido. O RBS-15 passou por testes no navio HMS Piteå em 1983 e tornou-se operacional com a Marinha da Suécia em 1985. Os submarinos da classe Västergötland foram projetados para ter quatro tubos para lançamento de mísseis RBS-15, mas devido a restrições de orçamento o projeto foi cancelado, devido a necessidade de modificações na estrutura do submarino, já que os submarinos suecos existentes não podiam transportar o RBS-15.
   Atuais operadores: A Marinha da Croácia utiliza o missel RBS-15 em seu principal barco o Kralj Dmitar Zvonimir, alem de cinco corvetas e três sistemas costeiros montados em caminhões Tatra. No total, 48 unidades do modelo Mk.I estão em serviço, mas este numero de mísseis é questionável visto que apenas cerca de 28 a 30 misseis estão operacionais desde 2010. Planos para atualizar 21 mísseis para o padrão Mk.III foi cancelado em 2009, devido a restrições orçamentárias, mas atualizações de software são executados continuamente para melhorar a navegação, precisão dos mísseis e defesa eletrônica. O mais recente destes melhoramentos foram realizados em 2010.   A Marinha Finlandesa opera misseis RBS-15SF (MK II, designado MTO 85, com 70 unidades) e RBS-15SF-3 (Mk III, designado MTO85M com 48 unidades). O Mk. II são operados a partir de navios da classe Rauma e anteriormente em navios da classe Helsínquia, também estão montados em caminhões Sisu para a defesa costeira móvel. O Mk. III são operados a partir de navios classe Hamina. Velhos misseis Mk. II (RBS-15F) foram atualizados para Mk. III padrão (RBS-15K).   A Marinha Alemã escolheu o Mk. III e MK. IV para equipar suas corvetas da classe Braunschweig e fragatas e também planeja-se atualizar as fragatas da classe Brandenburg com modelos Mk. III
   A Marinha Polonesa escolheu o Mk. III para equipar seu navio classe Orkan. Um negócio no valor de € 110 milhões de euros, foi assinado e as modificações nos navios Orkan serão feitos pela empresa Thales Naval da Holanda. Lançadores móveis baseados em terrra da versão Mk.II também foram entregues como parte do acordo de compensação.   A Marinha Sueca opera seus mísseis nos navios Estocolmo, Gotemburgo e as corvetas da classe Visby. A artilharia costeira sueca também foi equipado com misseis RBS-15MS, que foram montados em caminhões Volvo. A Força Aérea Sueca opera o RBS-15F. Os caças AJS 37 Viggen e o JAS 39 Gripen podem transportar o míssel, o Viggen não está mais em operação. 

   A Tailândia como parte de seu programa de aquisição de caças Gripen, para a Real Força Aérea vai encomendar a versão RBS-15F, para equipar seus aviões de caça Gripen em um acordo com a Suécia.  
   A ex-Iugoslávia opera alguns RBS-15 que foram entregues no final dos anos 80 para a implementação de novos navios iugoslavos, afim de substituir os mísseis de fabricação russa, mas este projeto nunca foi finalizado, devido as guerras em seu território. Desde então os mísseis, acabaram na Marinha Croata, utilizando os misseis RBS-15 como a principal arma da Marinha Croata para suas cinco corvetas e três sistemas costeiros montados em caminhões Tatra. 
   
A Marinha Polonesa escolheu o Mk. III para equipar seu navio da classe Orkan. Um negócio no valor de € 110 milhões de euros, foi assinado e os navios Orkan foram modificados pela empresa Thales Naval Holanda. Lançadores móveis de misseis Mk.II da Marinha baseados em terra também foram entregues como parte do acordo de compensação.   A Marinha Sueca opera os mísseis em seus navios Estocolmo, Gotemburgo e as corvetas da classe Visby. A artilharia costeira sueca também foi equipado com missseis RBS-15MS, que foram montados em caminhões Volvo. Já a Força Aérea Sueca opera misseis RBS-15F em caças AJS 37 Viggen e JAS 39 Gripen, atualmente os Viggen não estão mais operacional. 
 

General Atomics MQ-9 Reaper ou Predator B








Tipo: Aeronave armada não tripulada
País de origem: Estados Unidos
Fabricante: General Atomics Systems
Primeiro voo: 02 de fevereiro de 2001
Inicio do serviço: 01 de maio de 2007
Status: em serviço
Primeiros usuários: Força Aérea Americana, Sistema de vigilância de fronteira, Real Força Aérea e Força Aérea Italiana
Total produzido: 57
Custo unitário: US$ 36.800.000 milhões de doláres
Custo do programa: US$ 11.800.000.000 bilhões de doláres
Desenvolvido a partir: do MQ-1 Predator
Tripulação: 0 a bordo, 2 no solo para controle
Comprimento: 11 m
Envergadura: 20 m
Altura: 3.60 m
Peso vazio: 2.223 kg
Peso máximo de decolagem: 4.760 kg
Capacidade de combustível: 1.800 kg
Capacidade de carga: 1.700 kg, sendo 360 kg interno e 1.400 kg externo
Motor: 1 turbo propulsor Honeywell TPE331-10 de 900 cv com controle digital eletrônico
Velocidade máxima: 482 km/h
Velocidade de cruzeiro: 313 km/h
Alcance: 1.850 km ou 14 horas
Altitude máxima: 15.240 m
Altitude operacional: 7.500 m
Armamento: em 7 pontos, podendo transportar misseis ar-superficie AGM-114 Hellfire, bombas guiadas a laser GBU-12 Paveway II, bombas GBU-38 (JDAM) e ainda em testes misseis ar-a AIM-92 Stinger.
Aviônicos: radar AN/APY-8 Lynx II, radar de busca Raytheon SeaVue Marine e sistema de alvos AN/DAS-1 MTS-B.
 
   O General Atomics MQ-9 Reaper (anteriormente chamado de Predator B) é um veículo aéreo não tripulado (UAV), capaz de remotas operações de voo controladas ou autônoma, desenvolvido pela General Atomics Aeronautical Sistemas para uso da Força Aérea Americana, Marinha Americana,  CIA, Alfândega e Proteção de Fronteiras americanas, Real Força Aérea e da Força Aérea Italiana. O MQ-9 é um veículo pilotado por controle remoto a partir de seus controladores em terra. O MQ-9 é o primeiro UAV considerado caçador-assassino, concebido para longa horas de voo e em grandes altitudes.
   O MQ-9 é uma aeronave maior, mais pesada e com melhor capacidade do que o seu antecessor o MQ-1 Predator, o MQ-9 pode ser controlado pelos mesmos sistemas de terra usados ​​para controlar o MQ-1. O Reaper tem um motor turboélice com 900 cv, muito mais poderoso do que o Predator que tinha um motor a pistão de 115 cv. O aumento de potência permite que o Reaper transporte 15 vezes mais material bélico e com velocidade de cruzeiro quase três vezes mais que o MQ-1. Embora o MQ-9 possa voar rotas pré-programadas de forma autônoma, a aeronave é monitorada ou controlada por uma tripulação na Estação de Controle em Solo e o uso de suas armas é comandado pela tripulação de voo.
   Em 2008, a Guarda Nacional baseada em Nova Iorque iniciou a transição de caças F-16 para os MQ-9 Reapers, tornando-se a primeira conversão de um esquadrão de caça tripulado para um esquadrão de ataque totalmente sem tripulação os chamados UAV's. Em março de 2011a Força Aérea Americana estava treinando mais pilotos para o uso de UAv's do que aeronaves convencionais.
   Em outubro de 2001 a Força Aérea Americana assinou um contrato de compra de dois Predator B-003 para avaliação, o primeiro MQ-9 foi entregue em 2002. O nome "Altair" não seguiu com a aeronave de teste, a Força Aérea continuou a usar o nome de "Predador B", até que foi renomeado Reaper, o nome "Altair" tornou-se a designação para a versão desarmada da  NASA desarmado. O MQ-9 pode caçar alvos e observar o terreno usando vários sensores, incluindo uma câmera térmica, capaz de identificar uma placa de carro a 3 km de distância. Um operador leva 1,2 segundos para ativar o drone através de um link de satélite.
   A Força Aérea acredita que o Predator B é mais mortal que uma aeronave convencional, já que o MQ-9 poderia voar na aérea de combate dia e noite sem descanso, já que os controladores em terra poderiam trabalhar em turnos, com uma carga mais leve munições para destruir alvos, aumentando sua autônomia.
   Em outubro de 2007, a USAF possuía nove Reapers, em dezembro de 2010 possuía 57 com planos de comprar outros 272, para uma compra total de 329 Reapers. Em 18 de maio de 2006, a Administração Federal de Aviação emitido um certificado de autorização que permite que o MQ-1 e o MQ-9 voem no espaço aéreo civil americano para procurar sobreviventes de desastres. Pedidos tinham sido feitos em 2005 para a aeronave ser utilizada em operações de busca e salvamento após o Furacão Katrina, mas, porque não havia tal autorização da FAA, os aviões não foram utilizados.   Em setembro de 2007, o MQ-9 começou a ser utilizado em Balad no Iraque, a maior base aérea americana. Em 28 de outubro de 2007, foi utilizado pela primeira vez e feito suas vitimas, disparando um missel Hellfire contra os insurgentes no Afeganistão na região de Rawood Deh na província de Oruzgan. 
   Um MQ-9 possui uma grande variedade de sistemas, estação de controle no solo, equipamentos de comunicação e links, peças de reposição, manutenção de militares ou civis. A tripulação consiste de um piloto e um operador de sensores. Tambem possui um sistema desenvolvido pela Raytheon, conjunto de sensores multi-espectral colorido AN/AAS-52, sistema de TV monocromático a luz do dia, infravermelho, imagem com telêmetro a laser, designador de alvos para munições guiadas a laser.
   Em janeiro de 2012, a General Atomics disponibilizado um novo braço para o trem de pouso principal do Reaper. Os benefícios do novo equipamento inclui um aumento de 30% da capacidade de peso de pouso, um aumento no peso de decolagem em cerca de 12%, sem necessidade de manutenção de um amortecedor de choque, o que elimina a necessidade de pressurização e um sistema de freios (ABS).   Em abril de 2012, a General Atomics anunciou atualizações possíveis para os Reapers da USAF que incluem a adição de dois tanques de combustível sob as asas, cada um com cerca de 100 litros de combustível, isso aumentaria seu alcance em mais 37 horas. A envergadura também pode ser aumentada para 26 m aumentando o alcance para 42 horas.
   Em operação: O MQ-9 Reaper operou em missões de combate no Iraque e no Afeganistão, no verão de 2007. Em outubro de 2007, em 6 de março de 2008, o Reaper atacou 16 alvos no Afeganistão usando bombas de 230 kg e mísseis Hellfire. Em 4 de Fevereiro de 2008, o MQ-9 lançou uma bomba em um caminhão que transportava morteiros para os insurgentes perto de Kandahar. Em 17 de julho de 2008, a USAF começou a voar missões na base de Balad no Iraque.
   Em 13 de Setembro de 2009, um MQ-9 estava voando em uma missão de combate sobre o Afeganistão, quando apresentou problemas e ficou sem o controle dos operadores em terra, próximo da fronteira entre o Afeganistão e o Tajiquistão. Um F-15E Strike Eagle foi enviada para destruir o Reaper, foi lançado um míssil AIM-9, porem não abateu o MQ-9, com isso o link de satélite com o veículo foi restaurado, deixando o operador sem nenhuma outra opção além de conduzi-lo para uma aérea montanhosa com artilharia. Foi a primeira vez que um avião não tripulado americanao foi destruído intencionalmente por forças aliadas.
A partir de setembro de 2009, os Reapers foram mobilizados pelo Comando da Africa para as ilhas Seychelles para uso nas patrulhas anti-pirataria.    Em julho de 2010, 38 Predators e Reapers foram perdidos durante operações de combate no Afeganistão e no Iraque, outros 9 cairam durante missões de treinamento. A USAF realizou mais de 33 mil missões em 2010, um aumento de mais de 20% em comparação com 2009. Em março de 2011, a USAF tinha 48 Predator para patrulhas de combate que voavam no Iraque e Afeganistão, contra 18 em 2007.    Em outubro de 2011, a USAF começou a usar os Reapers na Etiópia, tem sido relatado que estes podem ter sido utilizados em operações de vigilância sobre a Somália.   Em 13 de Dezembro de 2011, um MQ-9 Reaper caiu no Aeroporto Internacional de Seychelles em Mahe, localizado no Oceano Índico, a 1.500 km a leste do continente africano. O MQ-9 não estava armado e não houve registro de feridos. A causa do incidente é desconhecida. Em 2012, o Reaper, Predator e Global Hawk foram descritos como "... a aeronave mais propenso a acidentes na frota da Força Aérea".   Reapers e Predator foram implantados em Benghazi, na Líbia, após o ataque que matou o embaixador dos Estados Unidos na cidade.
 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Yakovlev Yak-141 " Freestyle " VTOL


Tipo: Caça de decolagem vertical
Fabricante: Yakovlev
Primeiro voo: 9 de março de 1987
Status: cancelado em agosto de 1991
Primeiro usuário: Marinha Soviética
Tripulação: 1
Comprimento: 18.36 m 
Envergadura: 10.10 m 
Altura: 5.00 m
Area das asas: 31.7 m² 
Peso vazio: 11.650 kg
Peso máximo de decolagem: 19.500 kg
Motor principal: 1 turbina MNPK Soyuz R-79 V-300
Motor de decolagem vertical: 2 turbinas RKBM RD-41 turbojets com 4.218 kg de empuxo cada
Empuxo sem pós combustão: 10.614 kg
Empuxo com pós combustão: 15.500 kg
Velocidade máxima: 1.800 km/h
Alcance: 2.100 km
Alcance máximo: 3.000 km
Altitude de serviço: 15.500 m
Razão de subida: 1.500 m/min
Armamanto: 1 canhão de 30 mm GSh-3 com 120 cartuchos, possui quatro pontos de instalação de armamentos sob as asas e um ponto sob a fuselagem podendo carregar 2.600 kg entre bombas e misseis dos tipos: R-73 Archer, R-77 Adder ou R-27 Alamo.
 
O Yakovlev Yak-141 com o codinome da OTAN "Freestyle", também conhecido como o Yak-41, é um supersônico de decolagem e pouso vertical, desenhado pela Yakovlev, mas não entrou em produção. Yakovlev sempre acreditou que o Yak-38 seria uma aeronave completa, desenvolvido para ganhar experiência em projeto e desenvolvimento de aeronaves VTOL. O resultado foi um contrato de projeto oferecido a Yakovlev, em 1975, sem qualquer concorrência, e exigia apenas uma aeronave com uma única missão: a defesa aérea da frota. No final os militares designaram a aeronave como  Yak-41. Mais de 50 projetos foram estudados. Um dos principais problemas foi projetar uma aeronave com tanto impulso vetorial e um pós-combustor, o que foi essencial para sustentar  velocidades supersônicas. Um projeto bimotor foi considerado, mas abandonado já que a perda de um motor resultaria em guinada imediata para o lado. Foi decidido que o melhor modo seria um bico de vetorização único localizado logo atrás do centro de gravidade, bem como jatos para impulso vertical posicionados logo atrás do cockpit, semelhante ao que mais tarde seria utilizado no F-22 Raptor. Tal bico provou ser adequado para as mudanças na configuração necessárias para tanto vetoração, impulso e voo supersônico, permitindo uma cauda fina e superficial.
Partes que estavam submetidas a um calor excessivo dos motores durante a aterrissagem foram fabricadas de titânio e cerca de 26% da aeronave foi fabricada de grafite ou material composto. Por causa do acúmulo de calor, pairar ficou restrito a apenas 2 minutos e meio. A cabine era pressurizada, com ar-condicionado e blindada, sua abertura é para o lado direito, mas por causa de uma espinha dorsal longa não tinha visão traseira. A ajeção do assento era automatica, logo que a aeronave atingisse 30° de inclinação e menos de 300 km / h. A instrumentação dos protótipos era simples e semelhante ao Yak 36M. A versão de produção seria equipada com uma aviônica extensas e grande suite de armas, incluindo radar doppler, mira a laser e TV, HUD multifunções, que teriam conexão com um sistema de mísseis montado no capacete igual ao do Mikoyan MiG-29, este sistema permite que o piloto trave em um avião inimigo girando sua cabeça. O trem de pouso era triciclo e equipado com sistema de freios multi-disco e anti-derrapantes. A roda do nariz era recolhida para trás, enquanto os outros dois eram recolhidos para frente.O motor R-79V-300, tem um empuxo de 14.000 kg, o bico traseiro pode girar de 0° a 95° para o pouso vertical e voo pairado. Os dois motores de elevação RD-41 são feitos principalmente de titânio. Cada um tem um impulso de 4.100 kg. Os motores foram instalados atrás do cockpit em um ângulo de 85°, o escape dos gases são lançados através de uma abertura na barriga coberto por duas portas ventrais.
Quando houve o anuncio do termino do  desenvolvimento do Yak-41M por problemas financeiros, a Yakovlev entrou imediatamente em discussões com vários parceiros estrangeiros que poderiam ajudar a financiar o programa ( outro objetivo que eles tambem estavam perseguindo era o finannciamento para o desenvolvimento da aeronave de treinamento Yak-130, que acabou sendo desenvolvido em parceria com Aermacchi da Itália). A Lockheed Martin, que estava no processo de desenvolvimento do X-35 para o programa americano, rapidamente se adiantou e o Yak-41M foi exibido no Airshow de Farnborough, em Setembro de 1992. A Yakovlev anunciaou que tinham chegado a um acordo com a Lockheed-Martin para fundos de 385 a 400 milhões de doláres para três novos protótipos e uma aeronave de teste estático adicional para testar melhorias no design e aviônicos. Alterações previstas para a proposta Yak-41M incluía um aumento de peso de 21.500 kg. Um dos protótipos teria um sistema de duplo controle. Sendo exibidos na Moscou Airshow em 1993. A parceria teve início no final de 1991, embora não foi publicamente revelado pela Yakovlev até 6 de Setembro de 1992, e não foi revelado pela Lockheed-Martin, até Junho de 1994.
 


 


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Red Flag - Treinamento de táticas de combate

Red Flag é um exercício de treinamento avançado de combate aéreo localizado na base da Força Aérea Americana de Nellis , Nevada e  Eielson no Alasca , sendo este último local conhecido como Red Flag - Alaska um sucessor para o exercício da série COPE THUNDER. Desde 1975, as tripulações aéreas da Força Aérea dos EUA (USAF) e outros forças militares aliadas dos Estados Unidos participam de vários exercícios realizados durante o ano, cada um dos quais com duas semanas de duração.

   Os exercícios da Red Flag, são realizados de quatro a seis ciclos por ano pelo Esquadrão 414 de Combate e  Treinamento da Ala 57 , são os mais  realistas jogos aéreos de guerra . O objetivo é formar pilotos americanos , da OTAN e outros países aliados para situações de combate real. Isso inclui o uso de "caças inimigo" e munição para os exercícios de bombardeio dentro da área de Testes de Nevada.
   
   A missão do Esquadrão 414 de Combate e Treinamento ( Red Flag ) é maximizar a prontidão de combate e sobrevivência dos participantes, proporcionando um ambiente de treinamento realista e um fórum que incentiva a livre troca de idéias. Para isso, as unidades de combate dos Estados Unidos e seus países aliados se envolvem em cenários de combate realistas e treinamento, cuidadosamente realizadas no Complexo de Nellis, este complexo está localizado a noroeste de Las Vegas e abrange uma área de 111 km por 190 km, cerca de metade do território da Suíça . Este espaço permite que os exercícios sejam executados em grande escala.

Em um exercício típico da Red Flag, Forças Azuis (amigável) combatem as Forças Vermelhas (hostil) em situações de combate realistas. Forças Azuis são compostas de unidades de Comando de Combate Aéreo , Comando de Mobilidade Aérea, Força Aérea Americana e da Europa , Forças Aéreas do Pacífico , Guarda Aérea Nacional, Comando da Força Aérea de Reserva, Exército Americano, Marinha Americana, Corpo de Fuzileiros Navais, da Força Aérea Real e a Real Força Aérea Canadense, bem como outras forças aéreas aliadas. Eles são liderados por um comandante da Forças Azul, que coordena as unidades em um "plano de emprego". A Força Vermelha (adversário) são compostos da Ala 57 do 57 Grupo de Tático, voando caças F-16 e F-15 do 64º e 65° Esquadrão Agressor para fornecer ameaças aéreas realistas através da emulação de táticas de oposição. As Forças Vermelhas também são aumentados por outra Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Americanos, voando em conjunto com esquadrões de defesa eletrônica, de comunicação e equipamentos de interferência radar. O Esquadrão Agressor 527 e 26º Esquadrão Agressor (Reserva da Força Aérea) também fornecem interferência GPS. Além disso, o comando da Força Vermelha organiza e controla um sistema realista inimigo integrado sistema de defesa aérea.

   Um elemento-chave das operações Red Flag é o Sistema Debriefing. RFMDS é um hardware e software de rede que fornece monitoramento em tempo real, pós-missão de reconstrução de manobras e táticas, pares participantes e integração de alcance de metas e ameaças simuladas. Os comandantes da Força Azul avaliam objetivamente a eficácia da missão e validam as lições aprendidas a partir de dados fornecidos pelos RFMDS. Um exercício típico da Red Flag inclui dez bandeiras verdes (um exercício de apoio aéreo aproximado com o Exército), uma bandeira canadense (operado pelo Canadá ) e quatro bandeiras vermelhas. Cada exercício da Red Flag normalmente envolve uma variedade de interdição de caça, ataque, a superioridade aérea, supressão de defesa , transporte aéreo , reabastecimento aéreo e reconhecimento de missões. Em um período de 12 meses, mais de 500 aeronaves voam em mais de 20.000 saídas , enquanto treinam de 5.000 a 14.000 tripulações de suporte e manutenção de pessoal.

   Antes de uma "bandeira" começar, a equipe da Red Flag realiza uma conferência de planejamento onde os representantes das unidades e membros da equipe de planejamento desenvolvem a dimensão e o alcance de sua participação. Todos os aspectos do exercício, incluindo o hospedagem do pessoal, transporte de Nellis, coordenação, agendamento de munições e desenvolvimento de cenários de formação, são projetados para serem o mais realista possível, exercendo plenamente as capacidades de cada unidade na participação e objetivos.

   A origem da Red Flag foi após o desempenho inaceitável de pilotos da Força Aérea Americana em manobras de combate aéreo durante a Guerra do Vietnã, em comparação com as guerras anteriores. O combate aéreo sobre o Vietnã do Norte ocorreu entre 1965 e 1973 levou a uma relação de perdas de 2,2 para 1, por um período de tempo entre junho e julho de 1972 durante operação Linebacker a proporção era de menos de 1 para 1.

   Entre os vários fatores que resultaram em tal disparidade foi a falta de treinamento realista. Pilotos da Força Aérea não eram treinados adequadamente, devido à crença de que os mísseis com alcance além do alcance visual seriam peças chaves no combate, sem a necessidade de combates aéreos próximos e táticas de combate aéreo obsoleto. 

   Uma análise da força aérea conhecido como Projeto Red Baron II mostrou que as chances de um piloto de sobrevivência em combate aumentaram dramaticamente depois que ele completou 10 missões de combate. Como resultado, o Red Flag foi criado em 1975 para oferecer aos pilotos da Força Aérea a oportunidade de voar 10 missões de combate simulados em um ambiente de treinamento seguro, com resultados mensuráveis. Muitas tripulações aéreas americanas também haviam sido vítimas de misseis  SAM durante a Guerra do Vietnã e nos exercícios da Red Flag os pilotos passaram por estas experiências em um ambiente controlado. 

   O conceito do coronel Richard "Moody" Suter tornou a força motriz na implementação da Red Flag, persuadindo o então Comandante do Comando Aéreo Tático, o general Robert J. Dixon , a adotar o programa. Moody tinha voado 232 missões de combate no Vietnã e trouxe para a discussão um nível de especialização indiscutível. 

   A primeira Red Flag ocorreu em novembro de 1975, fazendo dela o melhor sistema de formação da história da aviação. 

  Os esquadrões "agressor" , os adversários que voaram contra os pilotos em formação, foram selecionados entre os melhores pilotos de caça da Força Aérea Americana. Estes pilotos foram treinados para voar de acordo com as doutrinas táticas da então União Soviética e outros inimigos da época, a fim de simular o  combate real contra inimigos como a União Soviética, o Pacto de Varsóvia , ou um adversário comunista. Os agressores foram originalmente equipados com aeronaves similares aos Migs, os T-38 Talon eram semelhante em termos de tamanho e desempenho. O caça F-5 Tiger II, pintado em esquemas de cores  encontradas em aviões soviéticos, foram utilizados, até a entrada do F-16.

   Hoje, o Esquadrão de Treinamento de Combate 414 é atualmente a unidade encarregada de executar exercícios da Red Flag, enquanto o Esquadrão Agressor 64° e o 65º, também baseados em Nellis, usam  caças F-16 e F-15 para simular caças, o MiG-29 Fulcrum e Su-30 Flanker . Estas aeronaves continuam a ser pintada nos esquemas de camuflagem de adversários potenciais.

   Durante a Guerra do Vietnã a Marinha Americana preparava seus pilotos para o combate aéreo, em Escolas para pilotos (mais conhecido como TOPGUN ) em 1969, em Miramar , na Califórnia, para "treinar os treinadores", nos esquadrões da Marinha e dos Fuzileiros Navais, selecionando suas melhores tripulações durante o treinamento, após o curso e já graduados voltavam para a frota para compartilhar as lições aprendidas com seus companheiros da Marinha. Estes esquadrões inicialmente voavam em caças A-4 Skyhawk. A Marinha e o Corpo de Fuzileiros Navais mais tarde, acrescentaram o F-5E / F à sua linha de adversário e posteriormente o caça Kfir. Já foram utilizados caças F-16N, F-14 e F/A-18 . Hoje, a formação de ases, é feita em paralelo a Red Flag, em centro de guerra naval e aérea, além da Escola TOPGUN, operando diferentes aeronaves adversárias com caças F-16 e F/A-18, enquanto um esquadrão ainda utiliza caças F-5E e F -5F.

O Corpo de Fuzileiros Americanos realizam seus treinamentos de armas e táticas em exercícios na Estação Aérea de Yuma duas vezes por ano como parte do curso. Originalmente equipado com o Kfir F-21 e  que agora opera o F-5E e F-5F.

   Em 1979, um F111A caiu resultando na morte do Major Gary Mekash e o Tenente Coronel Eugene Soeder, em 1980, outro acidente fatal ocorreu quando um Blackburn Buccaneer da RAF sofreu uma falha e caiu. O Brasil participou em 1996 e 2008, em 2008 contou com 86 militares e 7 caças F-5EM, alcançando ótimos resultados.

Exercícios Red Flag


    Apenas os países considerados aliados dos Estados Unidos  participam dos exercícios Red Flag. Até agora, os países que participaram desses exercícios são:
  •  Reino Unido
  •  França
  •  Alemanha
  •  Japão
  •  Itália
  •  Canadá
  •  Austrália
  •  Coréia do Sul
  •  Espanha
  •  Paquistão (2010)
  •  Brasil (Julho de 1998 e agosto de 2008)
  •  Holanda
  •  Bélgica
  •  Suécia
  •  Colômbia (Janeiro 2012)
  •  Polônia (Junho de 2012) 
  •  Dinamarca
  •  Noruega
  •  Portugal (Março 2000)
  •  Grécia (Outubro 2008)
  •  Nova Zelândia
  •  Cingapura
  •  Chile (Julho de 1998)
  •  Israel
  •  Turquia
  •  Tailândia
  •  Arábia Saudita
  •  Emirados Árabes Unidos
  •  Índia
  •  Egito
  •  Venezuela (1992 e 1996)